XIRU DIVERTIDO
Paulo de Freitas Mendonça
Buenas, Xiru divertido
Poeta de muita garra
Que ao bordoneio de guitarra
Acariciando teu ouvido
Expressas teu verso lindo
Vindo da tua inspiração
Falando deste rincão
E amor à Pátria Gaúcha
Até minh'alma
repuxa
De alegria e emoção.
És gaúcho por essência,
Poeta por vocação
Que sorvendo bom chimarrão
Em homenagem à Querência
Demonstras tua experiência
De índio altaneiro
E o teu verso galponeiro
Em honra de ancestrais
São teus fortes ideais
E deste Rio Grande campeiro.
Já te vi emocionado
Tu que és legenda de um povo
Ao ver um poeta novo
Recitar no teu costado
Pois o verso bem rimado
Deste buenacho peão
Sempre tem tua aprovação
E também teu incentivo
Pois este poeta nativo
Será tua continuação.
Nas noitadas galponeiras
Demonstras a tua raça
E um violão de comparsa
De tua voz altaneira
Onde tua rima campeira
Beirando um fogo de chão
Enriquece o galpão
E alegra o momento
Com todo este teu talento
Em assuntos de tradição.
Nessa nossa existência
Tu és meu grande parceiro
E neste Rio Grande inteiro
Elevas a tua experiência
Recitando à querência
Falando no nativismo
Conservando o atavismo
E que seja relembrado,
Pois por este bueno Estado
Demonstras patriotismo.
Quisera bueno
Xiru
Que tu fosses eterno
Com teu conselho fraterno
No linguajar
franco e cru,
Pois um índio que nem tu
Tem que estar junto a nós
Recordando os teus avós
Com teu verso que é uma prece
E o Rio Grande merece
Sempre ouvir tua voz.